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As pragas mais destrutivas e como combatê-las com tecnologias modernas

As pragas representam um dos maiores desafios para a agricultura, causando prejuízos bilionários anualmente e ameaçando a segurança alimentar global. A boa notícia é que avanços tecnológicos têm revolucionado o combate a esses inimigos invisíveis, oferecendo soluções mais eficientes e sustentáveis. Neste artigo, exploramos as pragas mais destrutivas que afetam a produção agrícola e as tecnologias de ponta que estão transformando a forma como elas são combatidas.

As pragas mais destrutivas e como combatê-las com tecnologias modernas

As pragas representam um dos maiores desafios para a agricultura, causando prejuízos bilionários anualmente e ameaçando a segurança alimentar global. A boa notícia é que avanços tecnológicos têm revolucionado o combate a esses inimigos invisíveis, oferecendo soluções mais eficientes e sustentáveis. Neste artigo, exploramos as pragas mais destrutivas que afetam a produção agrícola e as tecnologias de ponta que estão transformando a forma como elas são combatidas.

1. Lagarta-do-Cartucho (Spodoptera frugiperda)

Por que é tão destrutiva?

A lagarta-do-cartucho é uma das principais pragas das lavouras de milho no Brasil e em outros países. Ela se alimenta das folhas e do cartucho da planta, comprometendo severamente o crescimento e a produtividade.

Tecnologias para o combate:

  • Sementes Bt: Variedades geneticamente modificadas que produzem toxinas letais para a lagarta, reduzindo a necessidade de aplicações de defensivos.
  • Monitoramento com drones: Drones equipados com câmeras térmicas identificam focos de infestação, permitindo intervenção rápida e precisa.
  • Controle biológico: O uso de parasitóides, como vespas Trichogramma, é uma alternativa sustentável para reduzir populações da praga.

2. Mosca-Branca (Bemisia tabaci)

Por que é tão destrutiva?

A mosca-branca é conhecida por transmitir vírus que afetam diversas culturas, como soja, tomate e feijão. Além disso, ela secreta uma substância chamada honeydew, que favorece o crescimento de fungos prejudiciais.

Tecnologias para o combate:

  • Armadilhas inteligentes: Dispositivos automatizados que atraem e capturam a mosca-branca, monitorando sua população em tempo real.
  • Defensivos biológicos: Produtos à base de fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana, que infectam e matam a praga.
  • Soluções baseadas em IoT: Sensores instalados nas lavouras capturam dados ambientais para prever surtos da praga e orientar aplicações de controle.

3. Bicudo-do-Algodoeiro (Anthonomus grandis)

Por que é tão destrutivo?

O bicudo é considerado a praga mais destrutiva do algodão, causando danos diretos ao botão floral e reduzindo drasticamente a produtividade.

Tecnologias para o combate:

  • Rastreamento por geolocalização: Dispositivos GPS identificam áreas de maior incidência, otimizando o controle localizado.
  • Manejo integrado de pragas (MIP): Combinação de técnicas como rotação de culturas, controle biológico e aplicações seletivas de defensivos.
  • Barreiras físicas: Uso de cercas e armadilhas específicas para reduzir a entrada do bicudo nas áreas de cultivo.

4. Ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi)

Por que é tão destrutiva?

Essa doença fúngica afeta severamente a cultura da soja, reduzindo a capacidade fotossintética das plantas e, consequentemente, a produtividade.

Tecnologias para o combate:

  • Fungicidas de última geração: Produtos que combinam diferentes modos de ação para evitar a resistência do fungo.
  • Aplicativos de monitoramento: Plataformas digitais que informam a presença da doença em regiões próximas, permitindo a adoção de medidas preventivas.
  • Sementes resistentes: Desenvolvimento de variedades que apresentam maior tolerância à ferrugem asiática.

5. Nematóides

Por que são tão destrutivos?

Esses organismos microscópicos atacam as raízes das plantas, comprometendo a absorção de nutrientes e água. Culturas como soja, milho e cana-de-açúcar estão entre as mais afetadas.

Tecnologias para o combate:

  • Bioinsumos: Produtos à base de microorganismos benéficos que combatem os nematóides de forma natural.
  • Análise de solo com IA: Sistemas que utilizam inteligência artificial para detectar a presença de nematóides e recomendar soluções personalizadas.
  • Rotação de culturas: Alternar cultivos que não sejam hospedeiros reduz significativamente a população de nematóides.

6. Broca-do-Cafeeiro (Hypothenemus hampei)

Por que é tão destrutiva?

Essa praga penetra nos frutos do cafeeiro, destruindo as sementes e comprometendo a qualidade do grão.

Tecnologias para o combate:

  • Armadilhas biológicas: Dispositivos que atraem e capturam a praga com feromônios.
  • Controle biológico: Uso de fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana.
  • Monitoramento digital: Sistemas que rastreiam a população da praga em tempo real, permitindo intervenções localizadas.

7. Percevejo-Marrom (Euschistus heros)

Por que é tão destrutivo?

Afeta a cultura da soja, causando abortamento de vagens e redução da qualidade dos grãos.

Tecnologias para o combate:

  • Barreiras naturais: Instalação de plantas atrativas que desviam a praga das lavouras principais.
  • Controle biológico: Predadores naturais, como percevejos predadores e parasitóides.

8. Cigarrinha-do-Milho (Dalbulus maidis)

Por que é tão destrutiva?

Transmite viroses que debilitam as plantas de milho, reduzindo drasticamente a produtividade.

Tecnologias para o combate:

  • Resistência genética: Desenvolvimento de variedades de milho mais tolerantes.
  • Manejo integrado: Combinação de controle químico e biológico com rotação de culturas.

9. Ácaro-Rajado (Tetranychus urticae)

Por que é tão destrutivo?

Ataca diversas culturas, como morango e tomate, sugando a seiva e causando queda na produtividade.

Tecnologias para o combate:

  • Controle Biológico: Uso de ácaros predadores como Phytoseiulus persimilis.
  • Aplicativos de Gestão: Ferramentas que monitoram infestações e recomendam medidas de controle.

10. Cochonilha (Planococcus citri)

Por que é tão destrutiva?

Afeta culturas como citros e uvas, reduzindo o crescimento das plantas e transmitindo doenças.

Tecnologias para o combate:

  • Soluções biológicas: Uso de joaninhas e outros predadores naturais.
  • Defensivos específicos: Produtos menos agressivos ao meio ambiente e altamente eficazes contra cochonilhas.

Conclusão

O combate às pragas agrícolas é um desafio constante, mas os avanços tecnológicos oferecem um arsenal poderoso para proteger as lavouras de forma mais eficaz e sustentável. Desde sementes geneticamente modificadas até o uso de inteligência artificial e drones, os produtores têm à disposição ferramentas que não apenas aumentam a produtividade, mas também reduzem o impacto ambiental.

Adotar essas inovações é essencial para garantir a segurança alimentar global e a competitividade do agronegócio. À medida que novas tecnologias continuam a emergir, o futuro da agricultura parece cada vez mais promissor, permitindo que produtores enfrentem até mesmo as pragas mais destrutivas com confiança e eficiência.

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